quarta-feira, 11 de maio de 2016

Não, não desapareci, apenas mudei de poiso!




E continuo a blogar alegremente, agora com mais afinco e em inglês - tendo em conta os meus grupos no goodreads, os livros que leio, as requisições aos NetGalley e Edelweiss e alguns contactos de autores, faz muito mais sentido.

Depois de um periodo meio atribulado, aka, falta de actividade, eis que estou de volta, e em melhor formato.

Queres fazer-me uma visitinha? Clicka na imagem acima.


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No, I didn't vanished, I just moved. 

After some bumps on the road, and some non posting times, I'm back with a new and improved look. 

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domingo, 12 de maio de 2013

Unwind by Neal Shusterman


Classificação: 

Ponto de partida: A segunda guerra civil teve como causa a luta pelo direito ao aborto. Como consequência, a vida é sagrada e inviolável desde o momento da concepção, até a criança fazer 13. A partir daí, e até aos 18, os pais podem optar por um "aborto retroactivo", onde a criança pode ser entregue para unwound - processo de recolha de todos os orgãos para posterior transplante - fazendo com que na prática, a vida continue a existir, pelo menos tecnicamente.

Connor é um rapaz problemático, dificil de controlar pelos pais. Risa é uma orfã a cargo do estado, e que segundo a instituição onde se encontra, atingiu o máximo do seu potencial. Lev é um "tithe", concebido e criado especialmente para ser oferecido para unwound. 

Unwind junta os três numa luta pela sobrevivência.

Expectativa: Alta. O tema do livro teve o mesmo efeito em mim do que o The Hunger games, fazendo-me alternar entre choque/aversão e curiosidade. A curiosidade ganhou.

O que achei:  O conceito é algo que mesmo depois de terminar o livro não consigo encaixar: aborto retroactivo? Qual é o pai que ao fim de 13 anos, resolve que a melhor solução para o filho é envia-lo para um campo de colheita, uma vez que o todo não está a funcionar logo a melhor solução é dividi-lo em partes? A sério. Custa a entender. Pior que tudo, custa a aceitar a atitude desligada perante o processo.

O livro está bastante bom, bem estruturado, alternando vário spontos de vista para nos dar uma visão global do caminho até à lei da vida, o lado de que ninguém fala, e as consequências que não foram tomadas em consideração. As experiências que Connor, Risa e Lev vivem, bem como as suas decisões, prenden-nos até à última página. 

Mais uma série a seguir.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

The Light Between Oceans by M.L. Stedman


Classificação: ✪✪✪

Ponto de partida: O veterano de guerra Tom Sherbourne torna-se faroleiro na esperança que o tempo e isolamento lhe ajudem a sarar as feridas. Ao ser destacado para um posto remoto da Austrália, ponto onde os dois oceanos se juntam, conhece e acaba por casar com Isabel, uma jovem entusiasmada com a vida, e corajosa o suficiente para enfrentar o isolamento de Janus, uma ilha a meio dia de distância do porto mais próximo. 

Dois abortos espontâneos e um nado-morto mais tarde, dá-se um milagre, um barco, com um bebé dá à costa. Um verdadeiro milagre que Tom e Izzy não deixam escapar, adoptando a pequena Lucy como sua. Ao voltar a terra uns anos mais tarde, têm de enfrentar as consequências da decisão tomada.

Expectativa: Alguma. Foi o vencedor do prémio do GoodReads na categoria de Best Historical Fiction, com um tema algo controverso, tinha a ideia de que seria emocionalmente tocante, e que sem dúvida me ia levar às lágrimas.

O que achei: Eu tentei gostar do livro. Tentei mesmo. Queria sentir a dor de Isabel e Hannah, e ser levada pelo rol de emoções que a decisão de Tom e Isabel causou. A verdade é que não senti qualquer ligação com as duas, e fiquei mais irritada com o que isso fez a pequena Lucy e Tom passar do que outra coisa. Aliás, algumas das atitudes de Isabel irritaram-me tanto, que cheguei a desejar-lhe um final menos simpático. Não sei se o livro terá acabado da melhor forma, depois de todo o tumulto durante o livro todo pareceu-me um pouco anticlimático.

Gostei da forma como o autor nos introduziu e explicou o funcionamento do farol e da sua manutenção, e da forma como criou o background das personagens. Achei também realista o comportamento das personagens que levou ao trágico incidente. O livro está bem escrito e bem pensado, mas, com grande pena minha, não deixou marca. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Frost Burned by Patricia Briggs


Classificação: ✪✪✪✪✪

Ponto de partida: A caminho dos saldos da Black Friday, Mercy e a sua enteada Jesse têm um acidente de automóvel causado por um súbito ataque de pânico de Mercy.

De volta à oficina, descobre que o pack inteiro, incluindo membros que não se encontravam na casa de Adam, e outros cujo facto de serem lobisomens não era do domínio público, foi raptado por aquilo que parecem ser agentes do governo.

Para ajudar à festa, o mate-bond não está a funcionar como deveria, a única coisa que Mercy consegue perceber é que Adam está furioso e em sofrimento.

Expectativa: Imensa. Mais recente volume da saga Mercy Thompson, era um dos livros mais aguardados do ano. Principalmente depois do final do Fair Game (volume #3 da saga Alpha&Omega) e das implicações que o mesmo iriam ter no universo da Mercy.

O que achei: Imitando o Adam Shankman: “This is Patricia Briggs’s world and I’m just visiting”

*faz vénia*

O livro anterior foi talvez o que menos gostei na saga, por isso este soube àquela prenda de natal há muito prometida e nunca entregue.


O livro está tão bom que é difícil falar dele sem revelar demasiado. Vamos por partes para não esquecer nenhuma:
·         As personagens: li uma opinião em que o livro se devia chamar de “The Reunion” tal são os regressos. Temos o regresso do Stephan, que está lentamente a voltar ao normal, se bem que ainda continua meio sombrio. Temos a família Sandoval. Temos o Tad e o Zed (este mais afastado dado o regresso dos fae à fairy). O Samuel continua ausente, com grande pena minha, mas temos a Ariana, que não só não regressou às reservas, nem mesmo os Grey Lords se atrevem a mexer no silver bourne, como é a mate do Samuel – gostei bastante deste ponto. Temos também de volta o Coyote, sempre igual a ele mesmo e a Marsília e o Wulfe – este continua tão enigmático como sempre e leva-me a pensar que talvez venha a desemprenhar um papel importante em livros futuros. Temos ainda a presença emprestada do Asil – a relação do Moor com a Mercy é fabulosa.

A forma como as personagens interagem umas com as outras vale 70% da qualidade do livro. A presença do Kyle e de como o Ben o considera como pack, bem como o Stephen matar o assaltante porque ninguém magoa as pessoas de quem ele gosta, deixou-me bastante satisfeita.

·         O alternar do POV. Nada de mal-entendidos. Eu adoro a Mercy. Gosto de ter os insights dela, e um livro em que ela não seja a voz dominante provavelmente não me iria agradar. Mas ADOREI poder ver o mundo pelos olhos do Adam. Ver a realidade dele, a responsabilidade pelo pack e as lutas internas com o lobo foi uma jogada muito inteligente.

·         O mate-bond. Ainda não o tínhamos visto a funcionar a 100%, mas valeu a pena a espera. E a jogada da Mercy usar a magia do Coyote para absorver a prata do pack foi muito bem feita. Aquele Adam deveria levar um bom par de palmadas, auto-sacrifício uma pinóia.

·         Os vários twists da história. Ao fim de 6 livros, mais 3 do spin-off, já devia estar habituada, mas não deixa de estar bem conseguido. A posição da CANTRIP está cada vez mais tremida, e entre a perseguição aos fae, e o ataque aos lobisomens, fazia bem em arrumar as botas.

·         O artefacto “peace and quiet” e as memórias e emoções que trouxe ao de cima.

·         O constante aviso dum coiote a lutar contra inimigos mais poderosos não é uma boa jogada. Eu sei que a Mercy é destemida e luta as batalhas dela. Mas um dia a sorte dela pode acabar. Talvez devesse prestar mais atenção.

Muito bom. Fico à espera do próximo.

Saga: Mercy Thompson. Volume anterior: River Marked

Beautiful Disaster by Jamie McGuire


Classificação: ✪✪✪✪

Ponto de partida: Ao entrar com a melhor amiga para a Eastern University, Abby Abbernathy está determinada a começar uma vida nova, deixando para trás o passado obscuro. Para obter o afastamento pretendido, tenta evitar a todo o custo qualquer relacionamento com Travis Maddock, o pinga-amor lá do sítio, cujas tatuagens e estilo perigoso são um verdadeiro chamariz para o público feminino em geral, e Abby em particular.

A vida no campus universitário corre normal até o dia em que Travis faz uma aposta com Abby: se ela ganhar, ele mantêm-se abstinente durante um mês, se ele ganhar, ela tem de ir viver para o apartamento dele durante o mesmo período de tempo. 


Expectativa: Do mais baixo que podia existir. A tendência para os relacionamentos abusivos que existe nos livros YA ou New Adult, como é o caso, o drama adolescente e os triângulos amorosos anda a ser de tal forma, que cheguei a considerar abandonar o género. No entanto, era o livro do mês dum dos meus clubes de leitura, e confesso que gosto de saber por mim própria o porquê de tanto zumzum.

O que achei: O livro oscila entre a pontuação de uma estrela e as cinco. Por um lado, temos o previsto e que quase me fez não o ler: uma relação abusiva e sem limites, drama emocional e previsível, e a tentativa de existência dum triângulo amoroso.

Abby e Travis são personagens cheios de falhas, que apesar de um crescimento nada fácil, são completamente imaturos e têm atitudes a combinar – por vezes só me apetecia andar ao estalo com os dois.

A Abby então, conseguiu não me seduzir minimamente, com a agravante dela querer ser tão pãozinho sem sal que só não passa despercebida porque é a personagem principal, e o livro é contado sob o seu ponto de vista, na primeira pessoa.

Os personagens secundários, Shepperd, o primo de Travis, e America, a melhor amiga de Abby, ajudam a dar um lado leve à história, e ajudam nos pontos cómicos, e a aliviar algum do drama. É claro que são tantas vezes metidos ao barulho e apanhados no meio da cnfusão que chega a dar pena.

No entanto, apesar das falhas das duas personagens principais o livro é viciante. Não consegui parar de ler, o título “Disaster” é bem aplicado, uma vez que é como um acidente de viação, não conseguimos parar de olhar. E tem uns momentos tão doces e ternurentos que nos leva a fazer “awwwww”. O livro é uma verdadeira montanha russa emocional. Fez-me rir. Fez-me chorar. Fez-me ficar frustrada e a reclamar. O final do livro, fez-me sorrir. Não por ter acabado e sim pela forma como acabou.

 E por essa facilidade de ler, e por tudo o que me fez sentir, e principalmente por me fazer marcar no calendário a data da release do Walking Disaster – a história contada pela mão do Travis, que digamos de passagem é um personagem muito mais interessante – ganhou as quatro estrelas.


Saga: Beautiful

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lidos e a preparar opinião:

A história de Emma, uma inglesa de 16 anos que é raptada no aeroporto e levada para o deserto australiano.
Lockhan de 17 anos e Maia de 16 são os melhores amigos desde que nasceram. Verdadeiras almas gémeas, apoiaram-se ao longo da vida, riram juntos, soferam juntos, mas o seu amor é o mais proibido de todos - Maia e Lockhan são irmãos.













terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Resumo de Dezembro

1.The Finding (Law of the Lycans, #3)(03-Dez)
2.Days of Blood & Starlight(Daughter of Smoke AND Bone, #2)(07-Dez)
3.Magic Burns (Kate Daniels, #2)(08-Dez)
4.Magic Strikes (Kate Daniels, #3)(09-Dez)
5.Magic Bleeds (Kate Daniels, #4)(09-Dez)
6.Magic Mourns (Kate Daniels, #3.5)(10-Dez)
7.Magic Dreams (Kate Daniels, #4.5)(10-Dez)
8.Fathers AND Sons (Curran POV, #2)(11-Dez)
9.Curran #3 (Curran POV, #3)(12-Dez)
10.Magic Slays (Kate Daniels, #5)(17-Dez)
11.Breed(17-Dez)
12.Magic Gifts (Kate Daniels, #5.4)(18-Dez)
13.Gunmetal Magic (Kate Daniels World, #1)(20-Dez)
14.Hex Hall (Hex Hall, #1)(26-Dez)
15.Bloodfever (Fever, #2)(27-Dez)
16.Faefever (Fever, #3)(27-Dez)

Monthly Stats:

Autores novos: Rachel Hawkins, Chase Novak

Séries Novas: Hex Hall

Favorito do Mês: Days of Blood &Starlight

Pior do Mês: Breed (talvez o pior de sempre!!!!)

Surpresa do Mês: Magic Dreams


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seraphina by Rachel Hartman

Desde que me foi apresentada a fantasia urbana, mais precisamente, a partir da saga Sookie Stackhouse - Sangue Fresco em português - que me afastei da dita fantasia pura, ou fantasia épica, como queiram chamar.

Antiga fã incondicional de Juliet Marillier, dei por mim a preferir um mundo com vampiros a dormirem em caves, dragões conduzidos em limousines e com quartos à prova de fogo, feiticeiros incompatíveis com tecnologia moderna e shapeshifters mecânicas, com sentido de humor particular, e que usam carros em estado de decomposição avançado para provocar o vizinho lobisomem.

Talvez seja preguiça mental para imaginar mundos estranhos. Talvez seja a vertente de romance paranormal. Talvez sejam as cenas de sexo. Talvez seja a independência, ou capacidade de kick-ass da heroína da história. Talvez seja tudo isso e mais um par de botas.

E eis que aparece Seraphina, e pela mão de Rachel Hartman dou por mim a ser transportada para o reino mágico de Gorett, maravilhosamente construído, tendo como ponto central um tremido tratado de paz entre humanos e dragões, e uma conspiração para acabar com a dita paz. Fez-me pensar várias vezes em temas como a caça às bruxas de Salém, preconceito,  discriminação, xenofobia... enfim... medo do que é diferente, e perseguições para combater esse medo.

Pontos Positivos:
- O world-building
- A solidez da escrita
- As personagens - carismáticas, robustas, cumprem o seu papel na perfeição, levando o leitor a odiá-los ou acarinhá-los, consoante as acções que desempenham.
- Os dragões são seres extremamente matemáticos e organizados, em que a ordem das coisas é algo fundamental para o seu raciocínio lógico, não entendendo as emoções humanas, são considerados seres sem alma. Conseguem assumir forma humana, e, de acordo com as leis do tratado, são obrigados a usar esta forma em território que não seja seu, usando um sino ao pescoço, que permite que os humanos os conheçam. Este "usar" de forma humana traz como consequência estarem sujeitos às emoções, mas, como seres racionais que são, resolvem esse problema submetendo-se regularmente ao processo de excisão de memórias.
- A história - simplesmente fabulosa
- O jardim mental da Seraphina - a construção do mesmo está muito bem conseguida, e as várias camadas de protecção fazem lembrar o inception.

Pontos negativos:
- Os santos, ou melhor, o excesso deles.
- A auto-piedade da Seraphina
- A história de amor. OK, histórias de amor à primeira vista não são estranhas, mas esta tem a química dum copo de leite morno.
- Os poderes dos half-breeds. Não deixa de ser irônico que os offsprings de relações ilegais, acabem por ser mais poderosos do que os que lhe deram origem.
- A "submissão" dos dragões. Eu não percebo, a sério que não percebo. Como raio é que os dragões se sujeitam a serem humilhados - andar com um sino ao pescoço que nem leproso? A sério? - e a serem restritos por seres que em teoria são inferiores é algo que me transcende.
- O facto dos dragões arderem. E eu que pensava que pele de dragão era resistente a quase tudo, principalmente ao fogo, mas enfim...

O final deixou-me meio como o melhoral, mas curiosa com o futuro da história. Mais uma série a seguir.

Classificação: 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

The Rook by Daniel O'Malley

Cada vez que penso em escrever a opinião do The Rook, começo a torcer as mãos sem saber muito bem por onde começar, e acabo sempre por desistir. A sério, tenho a entrada em modo draft desde o dia em que o terminei de ler, totalmente em branco à excepção do título do post. 

O conflito de ideias que o livro me prova é de tal ordem, que por mais que tente não consigo arranjar fio condutor para um texto decente. Mesmo agora, estou para aqui a debitar palavras, meio a medo e a "encher chouriços" enquanto o cérebro tenta (e falha redondamente) organizar as ideias, resta apenas escrever de improviso, e ver o que sai, pode ser que seja alguma coisa de jeito, ou talvez não, mas de hoje não passa.


O ponto de partida: Myfawny Thomas, a segunda, acorda no meio do nada, num dia de chuva torrencial, com ar de quem foi vítima dum ataque severo de violência domêstica, sem fazer ideia de quem é, rodeada de pessoas mortas, todas elas a usar luvas de latex, e com dois envelopes numerados dentro do casaco. A carta contida no envelope número 1 tem, o melhor começo que alguma vez vi num livro: 

"Dear You
The body you are wearing used to be mine" 

A partir daqui descobrimos que Myfawny Thomas sofreu um "apagamento total" das suas memórias, pertence a uma organização secreta de pessoas com talentos especiais - uma mistura entre M6 e X-Men - onde tem o título de Rook (torre), e que o atentado à sua pessoa veio de dentro da direcção da mesma (2 Torres, 2 Cavalos, 2 Bispos, 1 rei e 1 Rainha), restando-lhe duas opções 1)Fugir e criar uma nova identidade, e começar do zero - tarefa facilitada pelo facto de não saber quem é ou 2)Assumir a sua antiga identidade e tentar desvendar quem é o traidor, e o porque da terem escolhido como alvo.

O que achei: Um verdadeiro page turner. Não houve um instante em que tivesse de parar, e que achasse "vou fazer uma pausa". Não, o livro prende-nos até à última página, e cada capítulo traz mais perguntas do que respostas, a forma inovadora com que a história e a personalidade da protagonista antes e depois de perder a memória nos é revelada, é extremamente apelativa, apesar dos momentos "Dear You", a meio duma cena dramática por vezes me fazerem querer pontapear alguém, principalmente quando a carta não nos vem trazer nenhuma adição ao referido momento.

Gostei particularmente do facto da nova Myfawny ter tantas falhas ao nível de agente secreto. O que torna a história mais credível, pois apesar da old Myfawny ter tido treino de elite, a nova, tendo perdido a memória, apenas tinha o instinto, e a pastinha das informações, cuidadosamente compilada pela old Myfawny quando se apercebeu de que iria ser "apagada".

Apesar de ter demasiadas conspirações para o meu gosto - dei por mim a não confiar em nada e ninguém do que se passava, o livro manteve o meu interesse até ao fim, e deixou interrogações suficientes para justificar uma sequela, que a surgir, embora não a agarre assim que sair, vou de certeza lê-la.

A título de curiosidade, falta apenas referir que o The Rook tem como cenário o Reino Unido, usa hábitos Americanos, e foi escrito por um Australiano.

Classificação: 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alice in Zombieland by Gena Showalter

Quando vi o título pensei, yeah, claro, em vez de termos o país das maravilhas, a Alice vai andar a matar zombies juntamente com o Chapeleiro Louco e o Coelho Branco - nope, nada mais longe, a protagonista chama-se Alice, o nome dos capítulos fazem referência ao clássico de Lewis Carroll, e uma nuvem com a forma de um coelho branco aparece no céu, como presságio de más notícias.

Aparentemente, Alice é uma adolescente como as outras. Com um pequeno senão: o pai dela acredita em monstros que vivem em cemitérios e saem à noite à procura de vítimas - o seu estado de loucura é tão grande, que a família inteira tem de estar em casa, em segurança, antes do anoitecer, sem excepções. Até o dia em que Alice faz 16 anos, e, usando como argumento o facto de mais uma vez os pais se terem esquecido do seu aniversário, consegue que a família inteira vá assistir ao recital de dança da irmã mais nova.

No regresso a casa, ao passar pelo velho cemitério, o pai de Alice sofre um ataque de pânico, causando um acidente de automóvel. Quando o carro para de rebolar, e Alice recupera os sentidos, descobre duas coisas, é a única sobrevivente do acidente, e começa a ver monstros.

Pontos Positivos: 
- O ritmo da história. Não temos aquele despejar de informação do tipo "Monstros existem-coisas sobrenaturais também-tu és uma slayer-engole e começa a matar tudo o que mexe à noite". Pelo contrário, depois do trauma, vemos Alice tentar racionalizar uma explicação para o que viu, e questionar se a "doença" do pai não será hereditária quando deixa de conseguir explicações evidentes.
- O vilão da história. Não direi que estou a perder qualidades, mas não tinha posto a hipótese de quem poderia estar por detrás de tudo.
- Os avós da Alice. O papel deles na história é fabuloso. 

Pontos Negativos:
- O teenager school drama. Ou sou eu que estou sem paciência, ou a realidade das escolas americanas é muito fútil - um pedaço dos dois, eu diria.
- As visões.
- A conspiração para usar os zombies como arma - não tenho palavras.
- A Kat - demasiado conveniente. Demasiado.... nem sei descrever, não me convenceu, pronto.
- A facilidade com que os adultos aceitam um grupo de jovens lutar contra monstros e salvar o mundo, não faz sentido, uma vez que os adultos também os conseguem ver.
- A prepotencia do Cole - qual Edward, qual Christian, este é tudo isso, e ainda tem ar de serial-killer.
- A rivalidade entre Cole e Justin - ok, existe uma história entre os dois, mas não podem passar 2 minutos no mesmo sítio sem desatarem ao murro? Jeeezzzz...

Pontos NIM:
- Os espiritos Zombies. Em vez dos zombies normais, que se alimentam de orgãos dos vivos, estes são espíritos maléficos, que são atraídos pelo medo, alimentam-se não dos orgãos internos, mas do bem do espírito, e não podem ser combatidos no reino mortal - os slayers têm de separar corpo e espírito, para os poderem atingir.
- Os poderes fabulásticos da Alice.
- A relação entre o Cole e a Alice - demasiado intensa para um YA
- O Justin - vira-casacas por excelência, que papel vai ter no próximo livro - expero que algo mais do quie saco de pancada do Cole.

O próximo volume tem o nome de Through the Zombie Glass, está previsto sair em 2013. Fico à espera.


Classificação: